sábado, 5 de novembro de 2011

Desilusão do Quase



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez,
é a desilusão de um “quase”.
É o quase que me incomoda, que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.


- Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver 
no outono.


- Pergunto me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.
- A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.


- A paixão queima, o amor enlouquece, e o desejo trai. 
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor,
sentir o nada, mas não são.


- Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, 
o mar não teria ondas,os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, 
apenas amplia o vazio que cada um traz de si.


- Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

- Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
- Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.


- Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando, vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu! 

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